O ministro da Saúde, Marcelo Castro, decidiu que vai se afastar temporariamente do cargo para votar na eleição para o líder do PMDB na Câmara, nesta quarta-feira. A operação conta com o aval do governo, que quer ver o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) reconduzido à liderança do partido, derrotando Hugo Motta (PMDB-PB), candidato apoiado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O ministro confirmou a Picciani na noite desta terça-feira que sua exoneração será publicada na manhã de quarta.
Na semana passada, o ministro ensaiou recuar da decisão devido ao desgaste que poderia provocar sua exoneração em meio à grave crise do vírus zika no país. No entanto, diante da eleição apertada, em que cada voto pode ser definidor do resultado, Castro foi pressionado a se afastar.
– É muito mais desgaste para o governo o Eduardo Cunha ganhar esta eleição do que o Marcelo Castro apanhar por um dia para dar a vitória ao Picciani – afirma um interlocutor do governo.
Adversários de Picciani programaram um ato para constranger o ministro na Câmara. Alguns dos deputados do PMDB planejam usar fantasias de mosquitos, carregar vidros de repelente e raquetes para abater o inseto em uma demonstração de repúdio à volta de Marcelo Castro.
(O Globo)
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