Centenas de pessoas se reuniram no Centro de São Luís, na sexta-feira (4), para manifestar solidariedade ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que foi alvo de condução coercitiva nas primeiras horas da manhã da sexta. A concentração aconteceu em frente ao Sindicato dos Bancários, na Rua do Sol, e, posteriormente, os manifestantes se deslocaram para a sede de uma central sindical, na Rua Santo Antônio.
Cantando palavras de ordem como “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”, os manifestantes, incluindo estudantes universitários e secundaristas, trabalhadores, artistas e intelectuais, denunciaram a forma como setores do judiciário e da Polícia Federal conduziram as ações da Operação Lava Jato. “Lula é um patrimônio do povo brasileiro. Os dois governos dele foram marcados pela inclusão social. Antes, o pobre não tinha acesso à Universidade, hoje o filho do pedreiro senta-se ao lado do filho do doutor nos bancos da faculdade”, disse Fábio Palácio, professor do curso de comunicação da UFMA. Segundo ele, é por esta razão que as elites querem atingir Lula. “A dita ‘classe alta’ brasileira é conservadora”, disse.
Nélio Lobato, estudante de pedagogia disse que defender Lula é estar ao lado da justiça social e dos jovens. Segundo ele, durante os governos Lula e Dilma a juventude brasileira passou a ter acesso a direitos antes negados. “É por essa razão que estamos ao lado do ex-presidente Lula”.
Para o vice-presidente estadual do PCdoB, Egberto Magno, a condução coercitiva do ex-presidente constitui uma aberração. Para o comunista “Lula nunca se negou a prestar depoimento, sempre esteve à disposição da Justiça e do Ministério Público. A quem interessou a condução? O que eles pretendem é manchar a imagem do ex-presidente numa ação desproporcional e estapafúrdia. Não aceitamos golpe”.
Os manifestantes concluíram a atividade conclamando a sociedade maranhense para a ampliação da luta em defesa da democracia. Sob a coordenação de partidos e entidades como o PCdoB, PT, CTB, CUT, UNE, UJS e UBES ficou definido que a mobilização será permanente, contra o que consideram ser uma tentativa de golpe.
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