Após as críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Michel Temer, em um ato a favor do governo, em Fortaleza (CE), a assessoria de imprensa do vice-presidente enviou nota, neste sábado (2/4), em que diz que "Justamente por ser professor de direito constitucional, Michel Temer tem ciência de que não há golpe em curso no Brasil". Lula disse que Temer é professor e "sabe que estão fazendo um golpe".
Ainda durante a manifestação, Lula chegou a afirmar que assumirá o cargo de ministro-chefe da Casa Civil na próxima quinta-feira, se o STF reverter a decisão de Gilmar Mendes, que o impediu de tomar posse.
Lula finalizou o discurso afirmando que há dois anos é vítima de ataques nas investigações da Operação Lava Jato sobre o compra de um apartamento no Guarujá (SP) e por benfeitorias em um sítio que é frequentado por sua família. "Eu só tenho uma coisa nesta vida de compromisso: é com o povo deste país. Faz dois anos que estou sendo vítima dos maiores ataques que um ser humano foi vítima. Todo santo dia", disse.
Comissão
O presidente da comissão do impeachment na Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF), previu ontem que o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff vá ao plenário até o dia 15. Antes, pelo cronograma do parlamentar, o parecer sobre a admissibilidade do processo seria votado pelo colegiado no dia 11, em sessão que pode durar até 23 horas.
Se não houver questionamentos dos trabalhos da comissão na Justiça, o relator do impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO), terá cinco sessões para apresentar seu parecer, contadas a partir da próxima segunda-feira. Esse dia é o prazo final para a apresentação da defesa de Dilma. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, vai protocolar às 16h30 a defesa da presidente e, na sequência, deve fazer a sustentação oral aos parlamentares.
(Correio Braziliense)
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