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Postagem Carrossel

terça-feira, 19 de abril de 2016 às 08:45

Temer caminha à presidência pressionado por retomada do crescimento

Um interlocutor de longa data do vice-presidente Michel Temer, instado sobre as razões que poderiam fazer com que um possível governo do peemedebista dê certo neste momento de crise vivida pelo país, resumiu a expectativa em uma comparação: “Ele é o avesso da presidente Dilma Rousseff. Talvez seja isso que o Brasil esteja precisando neste momento”. A frase pronunciada não levaria em conta a questão de competência de Temer em comparação à petista. Está em questão o temperamento: “Ele dialoga, não grita, compõe, articula”, enumerou o aliado. Características que ficaram patentes, ao longo destes seis anos e quatros meses, não são o forte de Dilma Rousseff.

Temer vem sendo cobrado, expressamente, a tomar medidas urgentes, especialmente na área econômica, para retomar o emprego e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “Temer também tem uma característica própria: não age por impulso. Há quem duvide que ele tome decisões espalhafatosas e espetaculares em um primeiro momento”, completou o deputado federal Darcísio Perondi (PMDB-RS).

Novamente presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), disse que, como bom articulador que é, Temer deverá estabelecer um diálogo diretamente com a sociedade e com os trabalhadores, mostrando que os ajustes fiscais serão necessários, mas que não serão retiradas garantias essenciais. Mas como fazer isso, se a Central Única dos Trabalhadores (CUT) estará na oposição? “Temer terá a Força Sindical ao seu lado”, resumiu Jefferson.

Apesar de não ser um político reconhecidamente bom de palanque — o melhor desempenho eleitoral ocorreu em 2002, quando foi eleito deputado com pouco mais de 250 mil votos —, Temer sempre se caracterizou pelas articulações nos bastidores. Ele completará 76 anos em setembro, mês previsto para o término do processo de impeachment no Senado. Mas, se todos os trâmites forem cumpridos, o peemedebista assumirá a Presidência em meados de maio, quando a admissibilidade do processo será analisada pelos senadores, bastando, para isso, o apoio de 41 dos 81 senadores.

(Correio Braziliense)

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