Em evento com pré-candidatos a prefeito em Belém, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, defendeu na última sexta-feira (10) que o partido precisa se modernizar e estimular a participação das pessoas. “Nós estamos um pouco na era analógica e o mundo está na era digital”, afirmou o socialista.
“A gente precisa se antecipar, modernizar o partido, ouvir mais as pessoas, estimular mais a participação delas porque não somos, nem eu, nem vocês, nem ninguém, donos da verdade. Nós somos apenas agentes políticos, agentes públicos a serviço de uma comunidade. Enquanto não pensarmos assim, não conseguiremos ser um exemplo nem para a população, nem para outros partidos”, acrescentou o presidente do PSB.
Estiveram presentes no encontro, que reuniu cerca de 350 pessoas, o presidente nacional da Fundação João Mangabeira (FJM), Renato Casagrande, o presidente estadual do PSB, Ademir Andrade, os deputados estaduais Cássio Andrade e Sidney Rosa, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, o governador do Pará, Simão Jatene, além de prefeitos e vereados do PSB no estado.
Aos filiados, Siqueira afirmou que a modernização do partido não pode depender apenas de seus dirigentes, mas de toda a militância. O socialista cobrou críticas construtivas dos filiados. “A gente só pode melhorar e ter orgulho de uma instituição partidária, do nosso PSB, quando nós nos orgulharmos de ser o seu membro, de colaborar com ele e de perguntar sempre 'o que é que eu posso fazer pelo meu partido pra que ele melhore?'", disse.
O presidente do PSB sugeriu aos pré-candidatos socialistas que conheçam os principais problemas do seu município durante a pré-campanha. “Por que você quer ser prefeito? Por que você quer ser vereador? Isso não é um título honorífico. Isso é você se dispor, no caso de um socialista, a resolver problemas para o conjunto de uma população, mas priorizando sempre aqueles que mais necessitam do poder público", afirmou.
Herança maldita
Carlos Siqueira dedicou parte de seu discurso para traçar um histórico da participação do PSB em momentos cruciais da democracia brasileira. O socialista lembrou que, nos últimos 31 anos, o partido defendeu a Constituição de 1988, deu suporte ao governo de Itamar Franco, e apoiou o Plano Real, por exemplo, ao contrário do PT.
Sobre a situação atual, Siqueira considerou que o PT deixa uma herança maldita depois do tempo que ocupou o governo federal. “Dizem que esta se tornou a era das conquistas sociais no Brasil. E essa é a maior mentira e mais cara pelo qual nós brasileiros e brasileiras pagamos”, afirmou, ao citar políticas de Estado anteriores aos governos petistas, como o Sistema Único de Saúde e a criação do seguro-desemprego. “Isso são direitos, eles estão na lei. Tudo isso nós precisamos valorizar porque foram conquistas absolutamente essenciais para a nossa vida, para a vida de milhões de brasileiros.” (Site/PSB)
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