O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, confirmou em entrevista ao jornal Valor Econômico que a sigla vai apoiar, no mérito, o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele afirmou que a sigla deverá repetir o placar da admissibilidade do processo, quando cinco senadores socialistas votaram a favor da abertura de processo contra a petista. “Romário não vai mudar de posição, [Antonio Carlos] Valadares e Roberto Rocha também não. Esqueça", garantiu Siqueira em entrevista ao Valor.
Técnicos do Senado e do Tribunal de Contas da União (TCU) já emitiram pareceres atestando a participação da presidente afastada nas chamadas “pedaladas fiscais”. Siqueira destaca que a presidente criou um clima político e econômico insustentável. “Político não decide nada por questão técnica. Decide pela política. O impeachment precisa de fundamento jurídico, mas é um processo essencialmente político. Dilma não vai ser tirada por causa das pedaladas, ainda que isso não deixe de ser crime. Ela criou um clima político e econômico insustentável", analisou o presidente do PSB.
Durante o mês de julho, foi encerrada a fase de instrução do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, acusada de crime de responsabilidade por causa da edição de decretos de suplementação orçamentária sem a anuência do Congresso Nacional e também pelo atraso de pagamentos aos bancos públicos de programas sociais mantidos pelo governo.
De acordo com o cronograma estipulado pelo Senado, a tendência é que a votação final do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ocorra na terceira semana de agosto. A sessão será comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
“A questão é que, se ela tivesse conduzido bem a economia, tivesse dialogado com o Congresso, ela não seria cassada, como será. Ela errou na economia feio e na condução política de maneira mais feia ainda, estúpida eu diria”, complementou o socialista. (Fonte: PSB)
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