Jorge Aragão - Agentes do governo Flávio Dino (PCdoB) encomendaram, às pressas, levantamento para medir o impacto das medidas de aumento de impostos na imagem do governador comunista. Os números vão mostrar se o desgaste aparente se reflete em queda nos índices de popularidade.
A coluna não conseguiu saber em nome de quem a pesquisa foi feita, mas soube que alguns resultados já foram passados a gente graúda do Palácio dos Leões, como o lugar-tenente do governador, secretário Márcio Jerry, e ao chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares. E as primeiras impressões não agradaram ao próprio Flávio Dino.
Eleito com base em uma forte campanha de desconstrução do grupo da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), Dino conseguiu o voto do eleitor maranhense, mas nunca teve carisma para conquistar a empatia pessoal deste mesmo eleitor. E à medida que o governo comunista avançou – com seus defeitos e personalidades próprias -, esta antipatia foi-se acentuando.
Os dados que Márcio Jerry começa a ver neste fim de ano são o reflexo puro e simples da falta de empatia do governador com o povo, acentuado pela forte rejeição ao reajuste do ICMS, que vai gerar despesas adicionais aos maranhenses a partir de março.
Talvez até por isso Flávio Dino vai aproveitar os primeiros dias de janeiro para tirar férias, repousar, desestressar-se, desopilar o fígado, enfim, esfriar a cabeça, que se mostrou quente demais diante da reação popular às suas medidas impopulares.
O governador comunista quer aproveitar o período para reorganizar as estratégias – tanto governamentais quanto pessoais – e tentar guaribar a imagem em 2017. Porque, a partir de então, terá apenas um ano para convencer o maranhense de que não apostou errado no discurso da mudança.
Coluna Estado Maior
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