O governador Flávio Dino (PCdoB) iniciou em janeiro de 2017 o seu terceiro ano de mandato. Até aqui, contudo, jamais desceu do palanque.
De janeiro de 2015, quando assumiu o comando do Executivo, até ontem, não houve uma semana sequer em que o comunista tenha deixado de comparar o seu governo com a gestão anterior.
Pior para ele.
Não há nenhum programa, ação ou obra de grande porte realizada na atual gestão que não tenha sido idealizada, iniciada e efetivada pelo governo passado.
Todos os hospitais entregues pelo comunista foram construídos por meio do Programa Saúde é Vida, o maior investimento em saúde pública do país, e mesmo assim é alvo de críticas diárias do Palácio dos Leões.
Ao mesmo tempo, contudo, ele comprometeu o atendimento das UPAs e do Hospital do Câncer.
A ampliação da rede de Restaurantes Populares também estava prevista e começou na gestão passada. A criação do restaurante popular, diga-se de passagem, foi mais uma marca da gestão anterior que Dino tanto tentou menosprezar.
A também ampliação da rede Viva Cidadão e a tão propagada estruturação do Procon, foram promovidos pelo governo passado.
Outro programa idealizado e efetivado pela gestão anterior, alvo de críticas ferrenhas do então adversário, mas hoje defendida como iniciativa pioneira no estado pelo atual chefe do Executivo, diz respeito ao processo de despoluição das praias.
Agora, no comando do Governo, Dino imita até o ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, e vai às praias para provar que o processo de despoluição está em andamento.
Quem diria.
Falta a Flávio Dino uma marca própria para a sua gestão. Talvez por isso a frustração permanente e – apesar de beneficiado por ações deixadas pela ex-governadora – uma tentativa diária de menosprezo ao que ele encontrou pronto.
Sofrível situação.
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