As causas do terremoto que atingiu o Maranhão nesta terça-feira (3) ainda não foram totalmente explicadas. Mas, segundo o geólogo Sebastião Correia, uma das possíveis causas do tremor no Estado foi um terremoto registrado no Chile, de magnitude 8.4, que foi muito forte e de grande profundidade. O abalo teve seu epicentro no Maranhão, mas, o tremor também foi sentido em várias cidades do Piauí. (reveja aqui)
“Isso se deve a acomodação de algumas formações tectônicas e acaba tendo reflexos na superfície onde se caracterizam os tremores de terra. Esse abalo tem extensões laterais muito grande que vão se refletindo em várias partes do globo terrestre. Às vezes eles são sentidos em intensidade maior em regiões não tão próximas ao terremoto inicial”, explicou o geólogo.
Quem também falou sobre o tremor no Estado foi o pesquisador da Universidade de Brasília (UNB), Marcelo Peres Rocha, o qual afirmou que o Observatório Sismológico da UNB detectou um terremoto com registros muitos claros, sendo que a localização do epicentro estava ao norte da cidade de Vargem Grande no Estado do Maranhão, tendo a magnitude preliminar de 4.7 na escala Richter, o que é alto para os padrões do Brasil.
“Para os padrões brasileiros ela não é uma magnitude muito comum. No Brasil, a média é de 3 ou 3,5. Por isso, constatamos que foi um tremor grande e, como não está longe da capital São Luís , é provável que muita gente tenha, de fato, sentindo os tremores”, explicou Marcelo Peres.
Ainda de acordo com o pesquisador, provavelmente o terremoto foi causado por um “falhamento” geológico da região. “Essas falhas existem em vários locais, e, uma falha dessas que estava sob compressão, sofrendo esforços na região, e a energia desses esforços são liberados em alguma falha nova ou antiga. No entanto, essa informação não temos como confirmar no momento, são apenas suposições”, destacou o pesquisador.
Marcelo Peres explicou, também, que normalmente esses terremotos são o que se chama de réplica, pois são tremores posteriores a um terremoto maior. Mas, as réplicas são de magnitude bem menor. “Aqui no Brasil, é mais comum que a energia que foi acumulada e que gerou o terremoto seja praticamente quase toda liberada no primeiro evento que é maior. A gente tem vários terremotos no Brasil, mas de magnitude bem menor, que muitas vezes não são nem sentidos. Já este é atípico para os padrões brasileiros, mas vale lembrar que já tivemos terremotos grandes de 5 a 6 e magnitude”, finalizou. (O Estado)
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