Durante a sessão desta
quarta-feira (22), na Câmara Municipal de Timon, o vereador Henrique Júnior
(PTN) usou a tribuna da Casa para denunciar a precariedade em que se encontra o
Sistema de Atendimento Móvel de Urgência de Timon (SAMU). Gerido por contrato tripartite,
com participação dos Governos Federal, Estadual e Municipal o SAMU é a
estrutura responsável pelo atendimento imediato de urgência para pacientes e
por isso a sua importância é enorme, principalmente em municípios como Timon.
O vereador Henrique Júnior
denunciou que a estrutura do SAMU de Timon está precária. "Três das
ambulâncias daqui de Timon estão sempre quebradas, tem ambulância rodando sem pneu
de estepe e ouvi relatos de que estão usando o oxigênio no lugar do ar
comprimido para fazer a aspiração", relatou. O parlamentar informou ainda
que em conversas com funcionários do órgão este revelaram que foi elaborado uma
lista com mais de 30 itens de melhorias reivindicadas pelos funcionários para
melhorar os atendimentos entre estes um identificador de chamadas para inibir a
ocorrência de trotes. "Temos que acabar com o 'espírito de porco' de quem
liga para o SAMU para passar trotes. Uma pá de desfibrilador, que custa R$ 300
está em falta, um equipamento que salva vidas", lamentou.
Henrique Júnior recebeu apoio dos
colegas de Casa, entre este o vereador Anderson Pêgo (PRB) que fez um aparte no
seu e disse estar triste com a realidade apresentada. "É triste ver que um
equipamento que custa R$ 300 está em falta, mas enquanto isso o Fundo Municipal
de Saúde está sendo saqueado em pelo menos R$ 500 mil por ano para pagamentos à
empresa Tekynik. Isso só comprova que o dinheiro está sendo mal versado, pois
para a pá de um desfibrilador não tem, mas tem para pagar internet",
criticou.
A vereadora professora Socorro
Waquim (PMDB), líder dá oposição na Câmara, também fez um aparte e afirmou que
não apenas a situação do SAMU merece uma atenção especial, mas também a UPA
está em situação crítica. "Conversando com alguns profissionais de saúde
me informaram que durante o Zé Pereira tiveram que pegar um equipamento de
eletrocardiograma emprestado do hospital Alarico Pacheco porque a UPA não tem.
Me relataram também que as ambulâncias não tem condições. E eu me lembrei, mas
se estiver errada me corrijam, as últimas ambulâncias novas que chegaram em
Timon foi em 2012, quando eu estava terminando meu mandato de prefeita".
Ao final de seu discurso o
vereador Henrique Júnior fez graves denúncias sobre intervenção política nas
atividades do SAMU. "Existem muitas intervenções políticas, de secretários
que muitas vezes mudam as rotas das ambulâncias do SAMU, muitas vezes fazendo o
serviço até de táxi ao invés de fazer esse serviço essencial para a
população". Henrique Júnior propôs que a comissão de saúde realize uma
visita ao SAMU para constatar as denúncias e para que possam exigir
providências dá Secretaria Municipal e dá Secretaria de Estado da Saúde.
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