Manifestação foi feita no pedido de arquivamento de caso envolvendo o governador do Maranhão, Flávio Dino
O governador do Maranhão, Flávio Dino (Foto: Igo Estrela/Editora Globo) |
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou a existência de uma “dificuldade intransponível” para comprovar pagamento registrado no sistema interno de propina da Odebrecht, o Drousys, destinado ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
A manifestação é uma forte crítica à delação da Odebrecht – assinada pela própria PGR – e foi argumento para arquivar investigação sobre o caso. Diz a PGR que os operadores do Drousys não sabiam os destinatários da propina, informação de conhecimento apenas dos diretores da Odebrecht responsáveis pelo pagamento. Nem mesmo a data que consta no sistema corresponde, de fato, ao dia da entrega da suposta propina. “Embora seja irrelevante o álibi insistentemente mencionado por Flávio Dino, seja porque a data do recebimento da senha necessariamente não coincide com a data do pagamento, seja porque qualquer pessoa poderia ter recebido esses valores, há uma dificuldade praticamente intransponível de se buscar uma prova autônoma do efetivo pagamento”, escreveu a PGR.
Para concluir o pedido de arquivamento, a Procuradoria afirma ainda que “tudo ocorreu no longínquo 2010, o que, por si só, já reduz imensamente a probabilidade de êxito investigatório” – embora diversas investigações da Lava Jato tenham como foco o ano de 2010. (Coluna Expresso)
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