Silêncio de Wesley Batista pode indicar confissão pelo atos cometidos por ele
O empresário Wesley Batista, um dos controladores do grupo J&F, recusou-se a responder as perguntas dos senadores e deputados federais durante a sessão conjunta da CPMI da JBS e da CPI do BNDES, ocorrida na última quarta-feira. O senador Roberto Rocha (PSDB-MA), relator da comissão que investiga o banco, criticou o silêncio do depoente. “Era uma chance que ele tinha de mostrar ao país que é inocente. Aliás, todos que foram ouvidos só falam isso. Mas também não dá para ficar calado eternamente. Há de se dizer alguma coisa. Como se falar a verdade no Brasil fosse levar alguém a ser preso”, disse.
Apesar da decisão de não querer falar aos parlamentares, Roberto Rocha afirmou que isso não atrapalha as investigações. O congressista pretende utilizar outros meios para apurar os fatos. “Poderemos requerer, se for o caso, a quebra de sigilos telefônicos, bancários e fiscais. Isso nos dará uma grande quantidade de informações”, afirmou.
ACAREAÇÕES
O senador maranhense não descarta o uso de acareações entre partes e testemunhas para buscar esclarecimentos aos fatos. “Quando há contradição, seja na CPI ou fora, eu estou propondo acareação, e a próxima será entre os advogados do grupo da JBS com o ex-procurador da República Marcelo Miller, suspeito de envolvimento no acordo de leniência da empresa”, disse Roberto Rocha.
O parlamentar maranhense lembrou que a CPI do BNDES tem trabalho em conjunto com a Polícia Federal e Ministério Público. “Todas essas instituições se comunicam. As vezes o depoente não fala aqui, mesmo assim isso não impede de ter acesso as informações necessárias para produzir os efeitos que a CPI espera. Não tenho dúvida que o Brasil terá o melhor resultado dessas investigações”, finalizou.
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