Dezembro chegou, e com ele temos o fim do quinto ano do mandato do atual prefeito. Os quatro anos iniciais foram marcados por um governo apático, sem praticamente nenhuma realização estrutural, sustentado nos vencimentos dos servidores em dia, no abuso de gastos com publicidade, no abuso de contratos superfaturados e no exagero de contratação de amigos e correligionários. No primeiro mandato, quando se perguntava sobre as promessas feitas na campanha e não cumpridas, justificavam que estavam primeiro, "corrigindo os problemas da gestão anterior", mas logo seriam realizadas.
O tempo passou e, agora, com o fim do primeiro ano do seu segundo mandato, onde a gestão anterior pertenceu a ele mesmo, e a máquina administrativa tinha tudo para estar ajustada, pois se trata de um governo de continuidade, temos o anúncio, feito pelo próprio prefeito, de uma gestão arrasada: com a diminuição dos vencimentos dos servidores públicos, atraso no pagamento de terceirizados e atraso no pagamento de prestadores de serviço.
Alegando a crise econômica, em recente manifestação pública, o prefeito anunciou que precisará cortar o número de funcionários, e que começará com os funcionários fantasmas e faltosos. Ora, com esta afirmação do próprio gestor de nossa cidade, uma pergunta surge naturalmente: quanto de dinheiro público foi para o ralo com o pagamento de servidores fantasmas?
Como se não bastasse o escândalo acima, outros questionamentos surgem ao se fazer uma análise racional da atual gestão. Por que não fala em cortar os contratos superfaturados que ele próprio fez para a prefeitura pagar? Por que ele renovou, com valores milionários, o contrato de propaganda? Por que tantos cargos comissionados? Por que tantas secretarias? Por que tantos carros alugados? Por que não acaba com o esquemão do lixo? Enfim, são tantos gargalos criados pelo atual prefeito que, infelizmente, o quadro financeiro da prefeitura não podia ser diferente.
O fato mais duro de tudo que está acontecendo em nossa cidade é que não temos indústrias e nem agricultura forte para gerar emprego e renda. A nossa economia é sustentada, na sua essência, pelo comércio, que, por sua vez, é alimentado pelos servidores públicos. Assim sendo, quando se tem cortes de vencimentos e demissões tem-se um violento prejuízo, tanto às famílias dos servidores públicos, como às famílias que vivem do comércio e da prestação de serviços. Enfim, a nossa economia míngua.
A conclusão que se chega é que temos uma administração desastrosa, realizada por um prefeito que tem tudo a seu favor, mas que não consegue transformar as oportunidades em benefícios à nossa cidade e ao nosso povo.
Alexandre Almeida é advogado e deputado estadual pelo PSD do Maranhão
Alexandre Almeida é advogado e deputado estadual pelo PSD do Maranhão
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