O texto já foi aprovado na CCJ da casa e a oposição ameaça ir ao STF
Prefeito de Timon, Luciano Leitoa (PSB) e o líder da oposição na Câmara, vereador Anderson Pêgo (PSDB) |
De acordo com o texto da mensagem enviada à mesa diretora do legislativo, Leitoa pretende regular o horário de funcionamento do comércio no centro da cidade e até mesmo os dias de folga dos trabalhadores. O projeto deve ser votado já na próxima segunda-feira (18).
O parágrafo 1º da proposta de lei afirma que “Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral, tais como: minimercados, supermercados e hipermercados”.
No texto consta ainda que “O repouso semanal remunerado dos trabalhadores deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho”, conta o parágrafo 2º do PL.
Os vereadores da oposição afirmam que a lei é inconstitucional, eles prometem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso a proposta seja aprovada no plenário.
“Nós vereadores não podemos legislar sobre matéria trabalhista em lei municipal, porque o nosso ordenamento jurídico tem hierarquia”, afirma o vereador Anderson Pêgo (PSDB).
Ainda segundo Anderson, a prefeitura vem fazendo terrorismo na cidade, afirmando que caso a lei não seja aprovada, todo o comércio timonense será fechado aos domingos.
“A população pode ficar tranquila porque isso não existe, essa lei está para ser votada desde fevereiro e nunca houve prejuízo no comércio”, acrescenta.
O outro lado
Procurada pela reportagem do Portal Az, o Secretário de Governo do município, João Batista Pontes, afirmou que a projeto não é inconstitucional e, inclusive, foi aprovado pela Procuradoria Jurídica do Município e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
“O projeto não é inconstitucional, a lei respeita a legislação trabalhista e se torna até redundante ao repetir o que diz a lei”, afirma.
Ainda de acordo com o secretário, a lei apenas assegura o funcionamento do comércio aos domingos, o que vai dar garantias ao empregador.
“Hoje o funcionamento aos domingos não é regulado, e funciona graças a um acordo coletivo com o sindicato”, afirmou.
(Do Portal AZ)
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