O deputado Eduardo Braide usou a tribuna nesta terça-feira (5), para denunciar a retirada de dezenas de manifestações culturais e artistas maranhenses da programação do São João deste ano promovido pelo Governo do Estado.
“Isso é um crime contra a nossa cultura popular. Deixar de fora da programação manifestações que se apresentam há mais de 20 anos? Deixar de fora artista como Mano Borges, Betto Pereira, Carlinhos Veloz? Cultura só faz quem gosta. E pelo visto, o governador do Estado nem sabe fazer cultura e muito menos gosta dela”, afirmou o parlamentar.
Eduardo Braide também questionou os critérios usados pelo Governo do Estado para as contratações de fora e locais. “Enquanto para as manifestações e artistas maranhenses - que já têm o reconhecimento do povo do Maranhão - foram feitas várias exigências por meio de um edital, para as atrações de fora o Governo do Estado fez apenas um convite sem submete-los a nenhum tipo de avaliação. E o pior disso tudo, é que esses receberão os maiores cachês, enquanto as nossas brincadeiras e os nossos artistas sequer entraram na programação”, disse.
O deputado também anunciou a destinação da emenda parlamentar de sua autoria no valor de R$ 200 mil para o São João deste ano, e cobrou o uso dos recursos no pagamento de artistas locais. “Não adianta ficar só no discurso. As nossas manifestações e artistas merecem mais do que atenção, o nosso respeito e apoio. Por isso destinei ao São João do Maranhão deste ano, uma emenda parlamentar no valor de R$ 200 mil. A minha cobrança agora é que esses recursos sejam utilizados exclusivamente para o pagamento de artistas e manifestações daqui. Gente que verdadeiramente fez e faz a cultura popular do Maranhão ser grandiosa”, cobrou Braide.
Ao fim do pronunciamento, Eduardo Braide pediu que o Governo do Estado reconheça o grave erro de ter deixado de fora do São João do Maranhão inúmeras manifestações e artistas locais. “É preciso reconhecer e corrigir esse erro gravíssimo cometido com as nossas brincadeiras e os nossos artistas. Ainda dá tempo e é isso que peço desta tribuna. O próprio edital prevê a possibilidade de aumentar o número de apresentações. Portanto, se o Governo do Estado não fizer, é porque simplesmente não quis. A cultura não tem partido. Ela une. E espero que a cultura do Maranhão seja respeitada”, concluiu o parlamentar.
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