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Ao todo, 10 dos onze vereadores do Município foram presos temporariamente durante operação nesta sexta-feira (25). Apenas o presidente da Câmara, Cícero Cruz Moutinho, não é citado nominalmente no esquema de corrupção.
ESCUTAS TELEFÔNICAS
As escutas telefônicas autorizadas pela Justiça apontaram que os vereadores falavam abertamente sobre um "extra" para votação dos projetos. "E viu algum boato se vão pagar ao menos mais um extra pra nós esse mês?", perguntou Silvano em conversa com a vereadora Ângela Maria.
Em outra conversa, em dezembro do ano passado, o vereador Antônio Barbosa diz a Antônio Feitosa que "avisou que pode preparar a [verba] extra", caso contrário, a LOA 2019 (Lei Orçamentária Anual) não seria votada em 2018.
Já o vereador Wagner pergunta a Feitosa: "Em, aquele negócio lá não passaram não?".
O ESQUEMA
A polícia investiga os crimes de corrupção passiva e corrupção ativa. A denúncia foi feita por um cidadão. Os pagamentos variavam de R$ 1 mil até R$ 8 mil por mês. Os valores seriam diferenciados e determinados em razão da força política que os parlamentares exercem dentro da estrutura administrativa e social.
Todo o esquema seria "negociado, gerenciado e liderado" pelo vereador Edvan Neves da Conceição (MDB), conhecido como Neguin da Civil, por ser policial civil e, por isso, ele recebia em patamar superior.
A vereadora Maria Luísa de Jesus do Nascimento, Luizinha (PP), também recebia valores mais expressivos em razão da sua força política, com ligações estreitas com o Palácio Araguaia. Segundo a denúncia, todos ou quase todos os vereadores teriam efetivamente envolvimento com a 'mesadinha'.
Os pagamentos seriam realizados em espécie a partir do dia 20 de cada mês na própria sede da Prefeitura de Augustinópolis.
Todos os vereadores, com exceção do presidente da Câmara, são citados nominalmente no esquema de corrupção em áudios interceptados. As informações são do AF Notícias.
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