Wellington Dias (PT) cumprimentou Bolsonaro no aeroporto de Parnaíba (PI) e depois retornou a Teresina. O presidente inaugura escola na cidade do litoral do Piauí
Presidente Jair Bolsonaro com prefeito de Parnaíba, Mão Santa. — Foto: Andrê Nascimento/G1 |
Bolsonaro desembarcou no aeroporto de Parnaíba por volta de 10h, onde encontrou o governador, o prefeito de Parnaíba, Francisco Moraes Sousa, o Mão Santa (PSC); e o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB). Em seguida, embarcou em um helicóptero, junto com o governador e o prefeito de Parnaíba, para sobrevoar a área do Perímetro Irrigado dos Tabuleiros Litorâneos.
Após o voo, Wellington Dias embarcou de volta a Teresina. Bolsonaro voltou para o aeroporto, de onde, do alto da sacada de entrada, cumprimentou a população abraçado ao prefeito de Parnaíba, Mão Santa, que em 2001 teve o mandato de governador cassado por abuso do poder econômico durante a eleição, e voltou à política após o fim do prazo de inelegibilidade.
Na solenidade, ele recebeu o troféu Carnaúba, concedido pela Associação Piauiense dos Municípios (APPM), em reconhecimento às ações do presidente pelo Piauí. Ele recebeu ainda o título de cidadania parnaibana, concedido pela Câmara Municipal de Parnaíba.
A fala polêmica do presidente sobre o Nordeste foi gravada durante conversa informal com o ministro Onyx Lorenzoni no dia 19 de julho. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que "daqueles governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão". Governadores reagiram cobrando explicações do presidente e afirmaram ter recebido "com espanto e profunda indignação a declaração".
No dia seguinte, Bolsonaro afirmou que fez uma “crítica” aos governadores do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e da Paraíba, João Azevêdo (PSB), “nada mais além disso”.
Idas ao Nordeste
A viagem do presidente nesta quarta é a primeira ao Piauí e a terceira ao Nordeste desde que ele tomou posse. Depois do episódio polêmico, Bolsonaro fez duas viagens à Bahia, mas não se encontrou com o governador Rui Costa (PT) em nenhuma delas.
A primeira foi à cidade de Vitória da Conquista, no dia 23 de julho, onde declarou "amar o Nordeste". Bolsonaro e Costa trocaram acusações sobre a segurança do evento. O presidente afirmou que o governador não autorizou a presença da Polícia Militar para fazer a segurança em cerimônia. Em resposta, Costa disse que, como o evento é exclusivamente federal, as forças federais devem fazer a segurança.
No dia 5 de agosto, Bolsonaro participou da inauguração da 1ª etapa de uma usina solar flutuante em um reservatório na cidade de Sobradinho, na Bahia.
Em seguida, por volta de 10h30, Bolsonaro fez um sobrevoo sobre o Perímetro Irrigado dos Tabuleiros Litorâneos, que abrange uma área de 5.585 hectares voltada a pequenos produtores, agrônomos, técnicos agrícolas e unidades empresariais. O projeto ainda não foi totalmente concluído, mas a primeira etapa do perímetro capta água no Rio Parnaíba por meio de um canal com 1.300 metros, até a estação de bombeamento. Depois, bombas impulsionam a água para os lotes.
Às 11h, o presidente participou da Solenidade Cívica alusiva aos 175 anos de emancipação política de Parnaíba, que aconteceu no aeroporto da cidade.
Escola Militar do Sesc
Às 12h, ele deve participar da inauguração da Escola Militar do Sesc, que pertence também ao Senac e à Federação do Comércio (Fecomercio), que chegou a receber letreiro com o nome do presidente – Jair Messias Bolsonaro – e, segundo o presidente do Sesc no Piauí, Valdeci Cavalcante, seguirá um regime militar.
Contudo, o nome da escola foi alvo de polêmicas. Um advogado pediu à Justiça Federal no Piauí que barrasse a concessão do nome do presidente à escola. Na terça-feira (13), o juiz José Gutemberg de Barros Filho negou o pedido de liminar (decisão provisória), pois entendeu que não há impedimento legal, uma vez que o prédio não é público.
O presidente do Sesc informou ao G1 que retirou o letreiro, mas não por decisão da Justiça. Segundo Valdeci, o presidente Bolsonaro não autorizou o uso de seu nome na escola e Valdeci considerou "deselegante" manter o nome sem autorização. Ele destacou que, se for autorizado por Bolsonaro, irá voltar a colocar o letreiro com o nome do presidente. Por enquanto, o nome está como "Escola Militar do Sesc".
(Do G1)
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