O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), disse que a declaração de Jair Bolsonaro de que seus apoiadores devem esquecer o partido foi “terminal”. Segundo ele, o presidente “já está afastado” da sigla. “A fala dele foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”, declarou à jornalista Andreia Sadi. “Não vai mudar nada”, acrescentou.
Bivar afirma que não entende o que se passa na cabeça do presidente. “O que pretendemos é viabilizar o país. Não vai alterar nada se Bolsonaro sair, seguiremos apoiando medidas fundamentais. A declaração de ontem foi terminal, ele disse que está afastado. Não estamos em grêmio estudantil. Ele pode levar tudo do partido, só não pode levar a dignidade, o sentimento liberal que temos e o compromisso com o combate à corrupção”, declarou à repórter.
O presidente do PSL disse que a briga partidária não é motivada pela disputa do milionário fundo de recursos públicos a que o partido terá direito em 2020. “Falácia”, rebateu. O partido deve receber mais de R$ 300 milhões no próximo ano. Um grupo ligado a Bolsonaro defende que Bivar, que preside o PSL desde 1998, ceda o comando a alguém mais próximo do presidente.
Ele contou que esteve nessa terça-feira (8) com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para dizer a ele que o PSL estará “sempre com os ministros” para aprovar projetos de interesse do país. Segundo Bivar, o governo terá apoio do PSL para as medidas de combate à corrupção e recuperação da economia, mesmo que Bolsonaro se desfilie.
(Congresso em Foco)
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