O vereador Mário Assunção (Republicanos), ao usar o pequeno expediente da sessão remota da CMC nessa segunda-feira (8), fez grave denúncia contra o Comitê de Enfrentamento ao Novo Coronavírus em Caxias, ao enfatizar que, embora estejam incluídos no trabalho, nenhum vereador está sendo ouvido naquele colegiado criado pelo prefeito Fábio Gentil (Republicanos) para combater a pandemia. Parafraseando manifestação recente do Papa Francisco, em Roma, Assunção destacou que nem Jesus, com todo o seu poder, governa sozinho, mas conta também com o apoio de dois outros membros da Santíssima Trindade, que são o Pai e o Espírito Santo.
Na avaliação do vereador, em tempo de luta duríssima contra um vírus que ninguém vê, os erros da administração municipal devem ser corrigidos. Um desses erros, segundo ele, é a falta de divulgação, por parte do próprio prefeito, do trabalho que os vereadores realizam. "Temos feito muito, mas o prefeito não divulga o que os vereadores reivindicam pela população", acrescentou.
Visivelmente contrariado com a situação, Assunção assinalou que os vereadores, notadamente os da base de sustentação do governo, devem a partir de agora cobrar, jogar duro, contra a administração municipal. "Em relação a essa pandemia, saber onde está sendo gasto o dinheiro recebido do governo federal, porque sabemos que há recursos suficientes e, mesmo assim, ouvimos e assistimos a população reclamar todos os dias que não existe a tal assistência garantida nas unidades de saúde do município, que não há medicação, pessoal preparado nem equipamentos de proteção individual", frisou.
Mário Assunção ressaltou ainda que não sabe explicar o que está acontecendo neste momento grave de pandemia nos hospitais públicos de Caxias. "Nós, como representantes do povo, precisamos dar uma resposta à sociedade de Caxias que nos elegeu. Nós temos aqui vereadores experientes que podem dar sua contribuição. Estamos aqui para ajudar, colaborar. Podemos de uma forma branda, séria, convocar o novo secretário de saúde, a direção da UPA-24 Horas. Estão ocorrendo muitas coisas erradas, e não se vê a apuração de nenhuma responsabilidade, nem um processo administrativo", concluiu. As informações são da Câmara Municipal de Caxias.
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