O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSDB) não fecha com a tese segundo a qual pesquisas prévias sejam base indispensável para se construir o consenso de um grupo em torno de uma candidatura ao Governo do Estado. E defende sua posição lembrando a sua eleição em 2002, que contrariou frontalmente as pesquisas de então.
Vice-governador que se tornou governador quando a titular Roseana Sarney saíra para disputar o Senado, José Reinaldo se lançou candidato à reeleição contrariando todas as expectativas. Naquele momento, as pesquisas Ibope e Econométrica, que rivalizavam em prestígio, previam um futuro sombrio para a candidatura do governador. Às vésperas das convenções partidárias, Jackson Lago (PDT), que havia renunciado à prefeitura de São Luís, tinha nada menos que 60% das intenções de voto, o segundo adversário, Ricardo Murad (PSB), tinha 20%, e o governador José Reinaldo, apenas 3%.
Foi uma campanha dura, pesada, com muita pancadaria e com a Oposição animada pela certeza de que havia chegado sua hora de assumir o poder no Maranhão. O clima, porém, foi aos poucos mudando, com José Reinaldo crescendo dia a dia, chegando empatado com Jackson Lago, depois que os dois atropelaram Ricardo Murad. A vitória do governador no primeiro turno foi confirmada depois que a Justiça Eleitoral confirmou a impugnação da candidatura de Ricardo Murad, que não podia ser candidato.
Mesmo considerando as diferentes circunstâncias, a experiência que viveu autoriza o ex-governador a contestar o critério da pesquisa como básico para definir candidatura.
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