Operação Paradoxo apura possíveis casos de lavagem de dinheiro e fraude a licitações em municípios da microrregião de Picos (PI)
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta quarta-feira (15), no Piauí, da Operação Paradoxo. O trabalho é realizado em parceria com a Polícia Federal (PF), O objetivo é aprofundar as investigações acerca de possíveis casos de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitações envolvendo empresas e agentes públicos em municípios da microrregião de Picos (PI), localizada no centro-sul do Estado.
Apurações
Os dados obtidos por meio de afastamento judicial do sigilo bancário mostraram repasses vultosos de valores de empresas sediadas em Picos (PI) para agentes púbicos vinculados a municípios dessa microrregião – repasses esses que, diversas vezes, ocorreram nas mesmas datas dos pagamentos realizados às empresas em razão de obras e serviços executados nessas cidades. As vantagens indevidas totalizam o montante aproximado de R$ 1,6 milhão.
As análises realizadas pela CGU também apontaram a ocorrência de possíveis crimes de fraude em processo licitatório e de lavagem de dinheiro.
Impacto social
As empresas envolvidas nas investigações receberam de órgãos públicos municipais, estaduais e federais do Estado do Piauí pagamentos da ordem de R$ 52 milhões desde 2014. A prática do pagamento de vantagem indevida para a efetivação de contratações tem diversas possíveis consequências, tais como contratações com sobrepreço, má execução de serviços e obras, dentre outros, o que prejudica a efetividade da execução das políticas públicas.
Diligências
A Operação Paradoxo consiste no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão, nos municípios de Picos (PI), Ipiranga do Piauí (PI) e São Luís do Piauí (PI). O trabalho conta com a participação de três auditores da CGU e cerca de 25 policiais federais.
Os investigados podem responder pelo cometimento dos crimes de fraude a licitações, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém o canal Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”. As informações são da CGU.
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