O presidente da Câmara Municipal de Timon, Uilma Resende, usou a tribuna na manhã desta quarta-feira, 01º de dezembro, para expor que devido aos constantes cortes no repasse feito pela prefeitura de Timon à Câmara Municipal foi obrigado a reduzir gastos e exonerar assessores de parlamentares, tanto da oposição quanto da situação. Nesta quarta, foram exonerados 44 assessores comissionados de vereadores.
O presidente explicou que em toda a história da Câmara de Timon somente em três oportunidades a prefeitura reduziu o repasse constitucional ao qual a Câmara tem direito e essas três oportunidades tem em comum o fato de que o grupo Leitoa estava no poder e a Câmara tinha um presidente da oposição, além disso ressaltou que está em seu terceiro mandato de presidente e que somente agora, que compõem a oposição ao grupo Leitoa, está passando por esta situação de corte nos repasses. “Estou no meu terceiro mandato de presidente, por dois mandatos eu recebia o repasse certo e agora, que estou na oposição, não estou recebendo o repasse certo, então quem está perseguindo quem?”, questionou.
O presidente explicou que não houve outra alternativa a não ser exonerar os assessores comissionados, mas destacou que todos eles irão receber o 13º salário proporcional.
“A Câmara depende única e exclusivamente do repasse que o município faz. Quando o município, por 12 meses retira 0,5% do repasse da Câmara, em doze meses dá 6%, então em 12 meses, eles nos repassam 11, então como eu vou pagar 13? Eu estou recebendo 11 meses e pagando 12, porque vocês também têm que dizer que os servidores que, infelizmente, estão sendo exonerados hoje recebem o 13º, o que não vai receber é o mês de dezembro. Mas aí me dizem, vereador, repense, eu repenso, se o executivo repassar esse dinheiro eu contrato amanhã e pago amanhã. Mas se eu não tenho em caixa, eu não consigo fazer esse dinheiro e eu não tenho do meu pra dar, qual era a única alternativa que eu tinha, a não ser essa, infelizmente”.
Uilma pontuou ainda que muito pior seria fazer o mesmo que a prefeitura de Timon vem fazendo desde o início do ano, “o que era pior era manter o funcionário e não pagar, igual ao que o executivo faz”.
O presidente chamou a atenção dos vereadores da situação que usaram a tribuna cara criticar a exoneração de assessores para alertar que na administração municipal existem centenas de funcionários contratados que estão a quatro meses sem receber salários e sem a menor perspectiva de receberem esse dinheiro.
“Eu gostaria de falar pra vocês, que tanto reclamaram, que a administração está a 4 meses sem pagar os funcionários contratados, e inclusive vocês deveriam fazer coro aqui pra cobrar, porque eles sim terão um presente de natal ruim. São 4 meses de salários atrasados. Hoje a administração está a 4 meses sem pagar os funcionários contratados, hoje a prefeitura deve para a Câmara municipal de Timon R$ 737 mil. No mês 12, esse valor chegará a R$ 804 mil. E o que que eu posso fazer, infelizmente, é só cobrar, só pedir. Eu sei que esse dinheiro é da Câmara não é meu e inclusive eu já cheguei a devolver R$ 486 mil para a prefeitura de Timon, provando que sempre usamos esse dinheiro da forma correta”, pontuou.
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