A Vara da Infância e Juventude do Judiciário e o Centro Socioeducativo de Semiliberdade de Timon, retomaram, esta semana, as atividades presenciais do Projeto Capitães da Areia. Em solenidade realizada na manhã da última quarta-feira (20), no Ginásio de Esportes Carlos Marinho, o juiz Simeão Pereira e Silva, titular da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Timon, realizou a abertura da segunda turma do projeto. As atividades estavam suspensas desde março de 2020, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. O encontro contou com a presença dos voluntários que integram o projeto, representantes da Prefeitura Municipal de Timon, do Centro Socioeducativo de Semiliberdade, bem como de outras instituições parceiras.
A diretora do Centro Socioeducativo de Semiliberdade de Timon, Fátima Costa Oliveira, ressaltou a importância do projeto. “O Projeto Capitães de Areia é, sem dúvida, um grande destaque dentro da socioeducação, sobretudo na semiliberdade. Esse encontro é prova de que a parceria com a Polícia Militar vem gerando bons frutos. A Funac só tem a agradecer a parceria com a Vara da Infância e Juventude e com o 11º Batalhão pelo excelente trabalho desenvolvido junto aos socioeducandos”, afirmou.
O Projeto Capitães da Areia teve início no segundo semestre de 2019, sendo integrado por policiais militares, de forma voluntária, vinculados ao 11º Batalhão de Polícia Militar de Timon.
De acordo com o juiz Simeão, os policiais militares que integram o projeto passaram por uma capacitação oferecida pela equipe técnica da Vara da Infância e Juventude, contemplando noções básicas de Direitos Humanos, Justiça Restaurativa, dentre outros temas. “Os policiais voluntários foram capacitados pela equipe técnica da Vara da Infância e Juventude e encontram-se inseridos em eixos como educação, esportes, saúde, comunicação e profissionalização, de acordo com a formação profissional de cada voluntário. Todo esse esforço coletivo espelha-se no provérbio africano segundo o qual “para educar uma criança é preciso uma aldeia inteira”, o mesmo podendo ser dito quanto à socioeducação, que impõe a necessidade do engajamento da sociedade e de suas instituições, na construção de uma cultura de paz, sem violência e sem drogas", afirmou.
O juiz Simeão explica como funcionam as atividades do projeto. “Nas atividades com os adolescentes em cumprimento das medidas socioeducativas, os policiais priorizam práticas dialogais, esportivas, como xadrez, educacionais, culturais e profissionalizantes, todas em sintonia com o Plano Individual de Atendimento de cada adolescente, focando no princípio da proteção integral dos socioeducandos (Constituição Federal, art. 227), potencializando o seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade (ECA, art. 3º)".
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